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Utopia x Realidade

Pressupõe-se que a realidade seja algo estático, “realmente existente”, pode conduzir a uma interpretação do real como o “real em si”, podendo levar em consideração como sendo a VERDADE.


O conceito de utopia, originalmente, a palavra provém do conceito grego ou-topos, que designa um “não-lugar” ou “lugar nenhum”. Muitos escritores passaram a usar o termo para descrever “mundos ideais”, onde na realidade, estavam perante a uma sociedade injusta e desigual.


A caracterização de utopia ficou sendo uma mera ilusão e de utópicos como pessoas distantes da realidade, sonhadores e alucinados.


Mas a opção de pensar além da realidade ou real ordem das coisas é um elemento que influenciou o ser humano, que apesar de suas condições, tinham seu espaço de reflexão, seja em forma de crença para diminuir o sofrimento dos dominados ou de alívio de consciência aos dominadores, permitindo assim, que seus pensamentos tomassem grandes proporções, a ponto de facilitar a superação da realidade.


Afinal, vivemos num mundo marcado por profundas desigualdades, onde o número de excluídos e a desesperança têm aumentado significativamente.


Utopia pode ser levada como sonho ou uma futura realidade, criada e elaborada por qualquer um. Não é delírio, nem algo maravilhoso, só depende daquele que tem a utopia em sua mente. Pode ser passageiro, ou algo que nunca será concretizado.


O ser que alimenta a utopia deve levar em consideração as reais possibilidades do momento e os elementos à sua volta para não cair em uma eterna ilusão em um mundo que só existe em sua cabeça. Utopia é diferente de sonho, pois dependendo do sonho, há possibilidades de ser concretizado.


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